O mercado cripto teve um ano complicado em 2022. Falando mais especificamente do Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo atingiu seu maior preço da história em novembro de 2021 e desde então engatou uma tendência de baixa que já dura mais de um ano. Por isso, neste momento, diversos investidores se perguntam o que esperar do Bitcoin em 2023.
Mas se o cenário macroeconômico que se apresenta para o Bitcoin ao longo do ano é desafiador, a história da criptomoeda prova sua resiliência.
As afirmações de que o Bitcoin morreu, que aparecem toda vez que opreço do ativo cai, viram piada no próximo ciclo de alta. Mas será que neste ano será do mesmo jeito?
Só o tempo dirá se essa história irá se repetir com o Bitcoin em 2023. Por enquanto, podemos apenas mapear algumas questões fundamentais que podem exercer influência no preço do Bitcoin e estarmos preparados para quando os grandes movimentos de mercado acontecerem.
O Bitcoin vai se recuperar em 2023?
O Bitcoin é, certamente, um dos ativos mais promissores para os próximos anos. Porém, esse caminho é tortuoso e, por vezes, doloroso para os investidores.
Momentos de altas espetaculares, que viram notícia até na mídia tradicional, se alternam com quedas que sugam grandes volumes financeiros do mercado.
Mas enquanto o gráfico pode assustar algumas pessoas, a parte fundamental do Bitcoin está mais sólida do que nunca, o que pode catapultar o preço a novas altas históricas nos próximos ciclos de alta.
Apesar de ser impossível prever com exatidão o preço do Bitcoin em 2023, podemos acompanhar alguns eventos que podem levar volatilidade ao preço do ativo. Confira:
Postura do FED diante da inflação dos Estados Unidos
Segundo levantamento do Bank of America, somente em 2022, 25 trilhões de dólares foram gerados em estímulos à economia no combate à pandemia da covid-19 pelos bancos centrais de todo o mundo.
Se traz alívio imediato, todo esse dinheiro “criado do nada” também tem um preço caro quando a conta vem e se transforma em perda de poder de compra da população, seja porque a moeda perde seu valor quando inunda a economia, ou porque os preços inflacionam por conta dos estímulos criados.
Precisando intervir, o FED (Banco Central dos Estados Unidos) vem realizando sucessivos aumentos na taxa básica de juros para tentar controlar a inflação, passando de 0,5% a 4,5%, o maior valor desde outubro de 2007.
Quando uma elevação da taxa acontece, grandes investidores fogem do risco e buscam a garantia dos títulos de renda fixa americana, se desfazendo de ativos mais voláteis como ações e criptomoedas.
Analistas do mercado acreditam que uma recuperação dos mercados de risco só será possível quando o FED começar a cortar a taxa de juros. Alguns acreditam que isso possa acontecer já em 2023, mas não há consenso, já que a inflação continua sendo um problema nos Estados Unidos.
A proximidade com o Halving
De quatro em quatro anos, a recompensa por bloco minerado na rede do Bitcoin cai pela metade, em um acontecimento conhecido como halving do Bitcoin.
Inicialmente, a recompensa era de 50 bitcoins (que na época nem tinha valor comercial), além das taxas das transações incluídas no bloco.
Após o primeiro halving em 2012, o valor passou para 25 BTCs, depois 12,5 BTCs em 2016 até chegarmos aos atuais 6,25 bitcoins de recompensa. O próximo halving acontecerá em 2024 e a recompensa a partir de então será de 3,125 BTCs.
Por mais que não tenha um efeito direto na cotação do ativo, o halving foi associado por analistas aos ciclos anteriores do Bitcoin, pois influencia financeiramente a atividade dos mineradores, que são as primeiras entidades a receberem todo novo Bitcoin criado e que, portanto, exercem grande influência na oferta do ativo.
De acordo com modelos dos ciclos anteriores, o Bitcoin já se encontra em um momento de recuperação, depois de um período de um ano de queda após registrar nova máxima histórica em novembro de 2021.
Por isso, a região de preço em que se encontra atualmente, nos 17 mil dólares, se configuraria como um bom ponto de compra.
No entanto, não é possível prever se o mesmo comportamento se repetirá após 2024, visto que agora o mercado de criptoativos sofre muito mais influência da macroeconomia e já atraiu a atenção dos grandes investidores, que aguardam apenas o momento ideal para apostarem no Bitcoin em 2023.
Vale a pena investir no Bitcoin em 2023?
Apesar do cenário desafiador à frente, o Bitcoin tem mostrado uma grande resiliência diante da sua primeira crise global enfrentada. Bancos, governos, empresas e grandes investidores institucionais já enxergaram o valor do ativo e apenas aguardam o momento ideal para entrarem no ativo.
Negociando a preços muito abaixo de suas máximas históricas e com diversos indicadores apontando uma possível reversão de tendência, o momento se mostra como uma boa oportunidade para comprar Bitcoin esperando por uma recuperação do ativo.
Pelo seu histórico, investidores de longo prazo que compraram nestes níveis de preços e tiveram a paciência de aguardar foram muito bem recompensados.
Em resumo, comprar Bitcoin em 2023 pode se mostrar uma excelente oportunidade, principalmente para o longo prazo.
Porém, é importante salientar que investimentos em criptomoedas sempre envolvem riscos devido à alta volatilidade destes ativos. Por isso, sempre faça uma gestão de risco e adeque ao seu perfil de investimento conforme o seu apetite a risco.
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