O Banco Central lançou hoje quarta-feira dia 2 de setembro de 2020 oficialmente a nova cédula de R$ 200, que já começa a circular hoje mesmo no país, de acordo com a instituição.
A nova cédula é do mesmo tamanho que a de R$ 20 e tem como cores predominantes o cinza e o marrom, quebrando a regra de notas maiores em quantias maiores e a característica de terem tons mais fortes.
Segundo a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, as notas já estão disponíveis em todas as capitais em que o órgão possui uma unidade regional. Além de Brasília, as unidades regionais de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de janeiro, Salvador e São Paulo receberam as cédulas. As notas foram enviadas de avião.
Essa é a sétima cédula da família de notas do real. O Banco Central encomendou à Casa da Moeda a produção, até dezembro, de 450 milhões de cédulas do novo valor.
O animal escolhido para estampar a nota é o lobo-guará, conforme o BC tinha adiantado no final de julho, quando anunciou a nova cédula. Esta é a sétima cédula da família de notas do real, que já tem notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100. As notas de R$ 1 não são mais produzidas.
Sem nota de R$ 200, faltaria dinheiro em circulação, diz a diretora do BC declarou que a pandemia do coronavírus exigiu um maior número de cédulas em circulação no país.
Sem uma nota de R$ 200, haveria o risco de falta de papel-moeda, disse. Segundo ela, as projeções do BC mostraram a necessidade de um adicional de R$ 105,9 bilhões que precisaria ser gerado em um intervalo de cinco meses, para fazer frente à demanda.
O número veio como um adicional à encomenda de novas cédulas e moedas já previstas para o ano, da ordem de R$ 64 bilhões.
“Diversos cenários de estresse foram modelados pela equipe econômica do BC e ficou claro que, se nenhuma medida incisiva fosse tomada, poderíamos sim ter falta de numerário”, afirmou ela.
450 milhões de notas até o fim do ano De acordo com o BC, a previsão é que até o fim do ano sejam produzidas 450 milhões de unidades da nota, o equivalente a R$ 90 bilhões.
O BC gastará R$ 113,8 milhões a mais do que o previsto no Orçamento anual para a produção das novas notas e para a impressão de mais 170 milhões de cédulas de R$ 100. A produção da nota já era planejada antes, mas foi acelerada pela pandemia do coronavírus, que aumentou o entesouramento, ou seja, diminuiu a circulação de dinheiro em espécie na economia, segundo o BC.
Isso ocorreu tanto por causa do fechamento do comércio quanto porque as pessoas passaram a guardar mais dinheiro em espécie em casa.
Elementos de segurança da cédula
O BC optou por manter os elementos de segurança já existentes nas cédulas da segunda família do real, que já são conhecidos pela população:
- Número que muda de cor, do azul para o verde, com uma faixa brilhante parecendo rolar para cima e para baixo, ao se movimentar a nota;
- Marca-d’água, que apresenta o valor da nota e a imagem do animal;
- Número escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos;
- Alto-relevo em diversas áreas, na frente e no verso da nota.
A nota de R$ 200 é a primeira cédula de um novo valor da família do real em 18 anos. A última, a de R$ 20, tinha sido lançada em 2002.
Um ano antes, em 2001, surgiu a nota de R$ 2. Nesse intervalo, houve a “aposentadoria” da nota de R$ 1, em 2005.
Em comum, os lançamentos de cédulas têm um mesmo objetivo: diminuir as transações com dinheiro vivo, economizando com impressão de papel-moeda.
Outro motivo apontado é a necessidade de fazer frente ao pagamento do auxílio emergencial – estimado em mais de R$ 160 bilhões considerando as cinco parcelas aprovadas.
Boa parte dos beneficiários, sobretudo os de menor renda, preferiu sacar o benefício em espécie. Segundo números da Caixa Econômica Federal, mais de 20 milhões de saques foram feitos até esta quarta-feira.
Assista o vídeo mostrando mais sobre a nova nota de 200 reais: