Muitas vezes essas siglas do mundo financeiro podem confundir os investidores que estão começando, nos investimentos de renda fixa é comum ter várias siglas e uma das que mais confundem o pessoal é o CDB, mas fique tranquilo, neste post você vai entender o que é e como funciona o CDB.
Nos investimentos de renda fixa os CDB’s (Certificados de Depósito Bancário) são os mais conhecidos, geralmente eles estão disponíveis na maioria dos bancos e pela facilidade, acabam sendo uma das primeiras opções para quem quer sair da poupança e ter mais retornos financeiros.
Mas se você busca retorno, saiba que as corretoras de investimentos possuem melhores opções de CDBs e com mais rentabilidade.
O que é CDB
Se você já investiu no Tesouro Direto sabe que ao investir em títulos públicos, é como se estivesse “emprestando” dinheiro ao governo para fazer a máquina pública girar.
A lógica é a mesma nos certificados de depósito bancário, quem investe em um CDB está emprestando dinheiro para um banco ou instituição financeira e este dinheiro será utilizado para financiar as atividades de crédito da instituição.
Os bancos captam dinheiro com os CDBs oferecendo em troca uma remuneração – os juros – aos investidores, por um determinado período. Os recursos são usados por essas instituições para conceder empréstimos a outras pessoas.
Como funciona o CDB
O investimento em CDB é muito similar com outros investimentos de renda fixa, veja agora alguns pontos importantes do CDB:
Rentabilidade
A rentabilidade do CDB vai depender das suas características, esses são os modelos mais comuns:
- CDB prefixado: nesse tipo de aplicação o investidor sabe exatamente quando irá receber no final da aplicação. Isso porque a taxa de juros é definida e informada desde o momento da aplicação. Um CDB prefixado com taxa de 7% ao ano, por exemplo, oferecerá exatamente essa remuneração até o fim.
- CDB pós-fixado: esse é o mais comum tipo de CDB disponível no mercado financeiro. Nesse tipo de aplicação o investidor sabe que indicador será a referência para a rentabilidade do CDB, mas nesse caso não dá para saber quanto de retorno o investidor terá, porque estes indicadores econômicos são variáveis e mudam todos os dias, para esses investimentos somente é possível saber quanto de retorno do investimento na data do vencimento.
O indicador mais comum para os CDBs pós-fixados é a taxa do CDI, também essa é a principal referência para outros investimentos de renda fixa. Geralmente a remuneração de um CDB é apresentada como um percentual do CDI. Em um CDB com remuneração de 120% do CDI ao ano, por exemplo, o investidor vai receber 120% do que render o CDI ao longo de um ano. O mesmo raciocínio serve para os CDBs que pagam 80% ou 100% do CDI.
CDBs pós-fixados também podem adotar uma forma de remuneração conhecida como “CDI mais spread” – do tipo, CDI mais 2% ao ano. Mas atenção: se o CDI subir ou cair ao longo do tempo da aplicação, a rentabilidade em reais poderá ser maior ou menor.
- CDB ligado à inflação: se você compreendeu os outros dois tipos de CDBs, vai conseguir entender esse facilmente. A remuneração desse CDB mistura duas estruturas, a primeira é uma taxa prefixada e a segunda pós-fixada ligada ao indicados de inflação que é o IPCA, exemplo de CDB: CDB IPCA+6%.
Algumas instituições financeiras oferecem aos investidores versões alternativas desses tipos de CDBs. Uma modalidade comum é o chamado “CDB progressivo”. Nesse tipo de aplicação, a remuneração aumenta quanto mais tempo o dinheiro permanece investido.
Para exemplificar esse CDB progressivo, imagine um CDB pós-fixado que garanta retorno de 120% do CDI. Em uma versão progressiva, ele ofereceria 100% do CDI no primeiro ano, 110% no segundo e 120% no terceiro, por exemplo. O legal desses investimentos, é motivar o investidor a pensar no longo prazo.
Valor mínimo de investimento
Quando investimos em um CDB, é possível encontrar algumas exigências das instituições financeiras, uma delas é o valor mínimo de investimento. O valor de aplicação inicial varia muito de acordo com o nível de risco e do potencial de retorno de cada CDB.
Nos grandes bancos, é possível encontrar CDBs com um valor mínimo pequeno. Eles costumam estar acessíveis para aplicações a partir de R$ 500. Normalmente, no entanto, CDBs com esse perfil são os que oferecem uma remuneração menor também. Não é raro que chegue a 80% do CDI, um retorno considerado baixo.
Mas em bancos digitais, já é possível encontrar CDBs de valores mínimos menores, por exemplo R$ 100 ou menos, mas também com característica de render menos, porque o valor mínimo para investimento é baixo.
Para encontrar melhores opções de CDBs é necessário buscar dentro de uma corretora de investimentos, as corretoras geralmente fornecem acesso a CDBs de vários bancos e com rentabilidades diferentes, é como se fosse um grande e-commerce onde você encontra todas as opções de CDBs.
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Liquidez
Em simples palavras a liquidez é o tempo que levará do resgate da aplicação até o valor estar disponível em sua conta, dentro desse assunto precisamos entender dois tipos de liquidez: liquidez diária e liquidez no vencimento.
Os CDBs são papéis com vencimento. Significa que as condições acertadas na aplicação – como a remuneração – são garantidas até uma determinada data, quando o dinheiro volta para as mãos do investidor. Mesmo tendo uma data de vencimento, muitos CDBs (principalmente de grandes bancos) oferecem liquidez diária. Assim, é possível resgatá-los a qualquer momento, mesmo antes do prazo final.
Em alguns casos, os CDBs passam a contar com liquidez diária após um certo prazo mínimo em que o dinheiro não pode ser resgatado – é a carência. Então, em um papel de liquidez diária com carência de seis meses, o resgate é permitido a qualquer momento depois que esse prazo for cumprido.
Já existem outros CDBs que só permitem o resgate no vencimento da aplicação. Quer dizer que o investidor não pode resgatar o valor antes do prazo final nas mesmas condições estabelecidas no momento da aplicação. Para esses tipos de CDB, é comum oferecerem maiores rentabilidades, ou seja, pagam melhor, devido ficarem mais tempo com o dinheiro da aplicação e também terem a garantia que estarão com o dinheiro durante aquele tempo.
Sobre os prazos de vencimento, existem CDBs para curto, médio e longo prazo. Desde CDBs de 6 meses até CDBs com vencimento de 5 anos ou mais, cada um foi criado para um perfil de investimento diferente.
Custos
Imposto de Renda
A tributação dos CDBs segue o padrão dos investimentos de renda fixa. O investidor paga Imposto de Renda seguindo uma tabela regressiva, em que as alíquotas diminuem conforme o tempo que a aplicação é mantida. A taxa varia entre 22,5% sobre a rentabilidade para investimentos de até seis meses, 20% de seis meses a um ano, 17,5% de um ano a dois e 15% sobre a rentabilidade para investimentos mantidos por mais de dois anos.
Existe ainda a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas ele só incide sobre as aplicações resgatadas em menos de 30 dias. Nesses casos, a alíquota pode variar entre 96% e 3% da rentabilidade – o IOF também diminui com o tempo do investimento.
Vantagens e riscos
Um dos pontos positivos dos CDBs é que eles são investimentos muito simples e populares – praticamente todos os bancos oferecem pelo menos uma opção aos clientes. Para aplicar, basta transferir o dinheiro da conta corrente para o CDB. Também por isso, nas corretoras e plataformas de investimentos normalmente há uma variedade de alternativas disponíveis.
Outra vantagem de investir em CDBs é o fato de que eles são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). É uma espécie de “seguro” que devolve até R$ 250 mil do valor aplicado pelo investidor no caso de a instituição financeira quebrar.
Sobre os riscos, o principal é o risco de crédito, ou seja, a instituição financeira que emitiu o CDB ter problemas financeiros e te dar o calote. Por isso, vale a pena pesquisar sobre a reputação da empresa e a solidez financeira do emissor antes de aplicar em um CDB, nem sempre o que paga mais é melhor!
Uma dica para analisar bons CDBs, é verificar a classificação de risco de crédito do CDB, geralmente empresas independentes que atribuem um rating aos emissores e aos CDBs. O rating é uma nota que avalia o risco de crédito. Ela indica se a instituição financeira é considerada uma boa pagadora ou não. Quanto mais alta a nota, melhor a reputação do emissor. O contrário também é verdadeiro.
Por isso, fique atento ao analisar um CDB, muitos bancos que estão com problemas financeiros podem emitir CDBs para conseguir mais recursos, e como forma de chamar a atenção de investidores, emitem CDBs prometendo rentabilidades muito fora do padrão do mercado, não caia nessa, se a promessa for muito grande, desconfie!
Como investir em CDB? Passo a passo
Agora que você entendeu como funciona o CDB, vamos para a parte prática:
1- Compare as opções do seu banco com das corretoras
Verifique a variedade de CDBs disponíveis em cada plataforma de investimentos, você não é obrigado a investir no CDB do seu banco, pesquise CDBs que oferecem melhor remuneração. Algumas corretoras, como a Stin3, possuem plataformas de distribuição de CDBs de diversos bancos, o que facilita a pesquisa.
2- Escolha o CDB
Procure responder pelo menos estas perguntas:
- Qual é a remuneração oferecida em cada caso?
- Qual é o prazo de vencimento do CDB?
- Qual é o sistema de liquidez?
- Qual é o nível de risco do emissor do CDB?
Com essas informações, será mais fácil escolher o melhor CDB para você, lembre-se sempre de analisar de acordo com os seus objetivos financeiros.
Se você já sabe que poderá precisar do dinheiro antes do vencimento, vale a pena considerar um CDB com liquidez diária. Se nunca precisou recorrer à garantia do FGC, pode avaliar a possibilidade de investir em um papel que envolva um risco de crédito mais elevado. Se um mesmo CDB oferece uma remuneração maior em uma corretora do que em outra, esse é um fator adicional para ajuda-lo a tomar uma decisão.
3- Abra uma conta
Depois de escolher o CDB para aplicar, é hora de abrir uma conta na corretora. Esse procedimento é simples, você precisará preencher algumas informações e enviar os documentos pessoais, como RG e CPF.
Depois de preencher, sua conta passará por uma aprovação da equipe da corretora, a partir dessa aprovação, você já poderá fazer o depósito na sua conta dentro da corretora e começar a investir.
4- Fique atento aos limites do FGC
Você já sabe que os CDBs são cobertos pelo FGC, o que dá mais segurança ao investimento. Como o limite de cobertura é de R$ 250 mil por pessoa e por instituição, uma recomendação dos especialistas é diversificar, aplicando em papéis de diferentes instituições financeiras. Isso, na prática, permite ampliar o valor da garantia.
Os investidores precisam ficar atentos, no entanto, a uma segunda exigência do FGC. Desde 2017, o fundo estabeleceu um limite global de garantia de R$ 1 milhão, renovado a cada quatro anos. Mesmo que o investidor tenha diversificado as aplicações e investido em CDBs de uma variedade de instituições financeiras, o limite de ressarcimento que ele poderá usar ao longo de quatro anos será de apenas R$ 1 milhão.
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Espero que essas dicas te ajude a começar a investir melhor, se quiser entender mais sobre CDBs, assista este vídeo aqui:
Desejo sucesso, até mais!
Continue acompanhando o Se Torne Investidor para mais dicas sobre finanças!